segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Ribeirão Grande SP e sua homônima. A confusão feita entre suas respectivas histórias

Há algum tempo as confusões feitas entre as histórias entre minha cidade natal, Ribeirão Grande, e o extinto distrito de mesmo nome - hoje pertencente ao município de Pardinho – vêm me causando um certo incômodo.

Não é segredo para ninguém, pelo menos aqueles que já tiveram a curiosidade de pesquisar sobre as origens das cidades do vale do Ribeira, principalmente, as cidades do chamado “Alto Paranapanema”, ou seja, as cidades próximas das nascentes deste rio. Seria até irônico se não fosse trágico. Uma das regiões pioneiras quando se trata de colonização no estado, ser tão esquecida em seu aspecto historiográfico.

A tão famosa Freguesia Velha, os “Encanados” e as minas do Paranapanema, tópicos quando tratamos sobre as histórias de Capão Bonito e Ribeirão Grande e tão bem registrados aqui no ambiente blog por excelentes criadores de conteúdo como os blogs Ribeirão Grande (http://vivianedomy.blogspot.com.bre Minas do Paranapanema (http://minasdoparanapanema.blogspot.com.br), mesmo carentes de merecidas pesquisas acadêmicas aprofundadas, são os principais resquícios que sobreviveram à nossa inexplicável negligencia com o nosso passado.

Vários sites oficiais, como o portal de turismo do Estado de São Paulo (http://www.turismoemsaopaulo.com/visitantes/43-destinos/1178-ribeirao-grande.html) e o Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal, Cepam (http://www.cepam.org/municipios/municipios-paulistas/ribeirao-grande.aspx#ad-image-0),  apresentam informações errôneas sobre a origem do munícipio. Como seria possível um povoado totalmente dependente do munícipio distante apenas 11 km, Capão Bonito, se tornar um distrito da então cidade de Espírito Santo do Rio Pardo, hoje Pardinho?

O excelente livro publicado pela ONG IDEAS, de 2011, “Roteiro Turístico dos Encanados” (foto) traz a mesma equivocada informação.  As coincidências entre as duas localidades explicam, em parte, a confusão. Ambas têm como padroeiro o Bom Jesus, ficam em regiões relativamente próximas, mas, sem dúvidas, a falta de documentos e estudos acadêmicos de peso causam esse tipo de incorreções históricas.


Um dos pioneiros núcleos populacionais naquela região do Estado mereceria um olhar mais atento sobre sua história, costumes e tradições, muitas delas que ainda sobrevivem somente nesse pedaço de terra que enche de orgulho seus filhos e de saudades aos que deixaram alguns anos de suas vidas por aquelas paragens.


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